Um dia uma das educadoras de infância da minha miúda dirigiu-se a mim questionando-me se queria fazer parte do teatro que iria decorrer na festa de Natal da escola. Eu sorri, sorri e disse, porque não? A educadora ficou feliz e disse que iria ser o pai Natal. O quê, eu o Pai Natal? Sim, ninguém quer ser, podes ser tu? E achamos que tens jeito! Está bem, dize-lhe outra vez sorrindo.
O tempo foi passando até chegar ao dia da festa. Estava muita gente do lado de fora do palco, mesmo muita gente. Nos "bastidores" todos os pais estavam nervosos, até eu! O teatro ia decorrendo, uns saiam do palco, outros entravam até que chegou a minha vez! Entro em palco e qual o meu espanto, sou a única que esta no palco e eu sem saber o que fazer no palco, pois não me deram instruções. Apenas para agir. Confesso que fiquei em pânico! Mesmo! Por uns segundos paralisei, a musica tocava, eu a ver toda aquela gente a olhar para mim, até que comecei agir. Comecei a dar uns passo de dança, fazendo a voz do Pai Natal, e lá me encaixei no cenário da continuação do teatro. No fim começou a entrar o resto do pessoal do peça de teatro e os aplausos surgiram. Mas a festa não tinha terminado, ainda tinha de entregar os presentes dos meninos da sala da minha miúda. Foi divertido e diferente este dia da minha vida. Se repetia? Porque não?